sábado, 24 de dezembro de 2011
Feliz Natal!
Feliz Natal! Que o espírito hospitaleiro de S. João de Deus ilumine esta noite e te encha de caridade. Deixa espaço para ele entrar e permite que te modifique... Que esta noite se prolongue e seja continuidade na tua acção. Vem...
quinta-feira, 22 de dezembro de 2011
S. João de Deus - continua...
Só por curiosidade, dizem alguns biógrafos que ele alugou um "curral de animais", para poder levar para lá os doentes da rua, porque não tinha outra possibilidade, quando começou a sua obra hospitaleira..., faz-nos lembrar Jesus, que também não teve lugar para nascer, a não ser junto aos animais..., de facto vidas simples e pobres podem ser ricas em Deus!
Que neste tempo de festas, aconteça NATAL nos nossos presépios (corações)! - (continua)
sábado, 3 de dezembro de 2011
João Cidade
João Cidade - Assim chamaram a um pobre pastor da zona circundante de Oropesa (Toledo), nascido em Portugal (em 1495), sem mais riquezas para além das suas mãos, sem mais cidade nem terra própria do que o mundo. Alistou-se por duas vezes nas tropas do rei espanhol, no entanto, não alcançou a glória da guerra convertida em triunfo. Foi pobre e pobre regressou, sem títulos, sem dinheiro. João Cidade , homem do mundo. Esta foi a sua primeira identidade... (Continua)
sexta-feira, 2 de dezembro de 2011
Pensamento para este tempo...
"Tende sempre caridade, porque onde não há caridade não há Deus, embora Ele esteja em todo o lugar" (S. João de Deus)
quinta-feira, 1 de dezembro de 2011
Oração
domingo, 13 de novembro de 2011
Oração do tempo
'Senhor, de todas as perguntas com que Tu me deixas, há uma que cresce dentro de mim: " que fazes do teu tempo?". Sabes, perco-me nas tarefas, nas voltas a dar, nesta e naquela responsabilidade, num imprevisto... e no meio disso tudo, confesso, o tempo da minha vida assemelha-se mais a uma fuga que a uma sementeira. Hoje queria pedir-te que me desses a sabedoria de viver e repartir o meu tempo. Ajuda-me a realizar o meu trabalho e o meu lazer, o meu esforço e a minha pausa como tempos de dávida e de encontro. Como tempos que não sejam apenas tempo, mas circulação de vida, de entusiasmo, de criação e de afecto.'
segunda-feira, 7 de novembro de 2011
Deambulações...
Hoje ao deambular pela nossa unidade de cuidados paliativos na Fundação de S. José, encontrei na capela um postal de S. João de Deus, com a figura aqui ao lado, e em cujo estava escrita a seguinte oração:
domingo, 6 de novembro de 2011
O Homem em busca de sentido
Acabo de ler um livro que me marcou, que me mostrou uma outra visão da nossa existência, do nosso ser, do nosso querer... Um livro, que nos ajuda na busca, na compreensão, no encontro comigo e com o outro! O livro tem como autor Viktor Frankl, psiquiatra, austríaco, judeu que viveu na pele o que é ser encarcerado num campo de concentração... Foi prisioneiro durante muito tempo, experimentou ele mesmo, no seu próprio ser, o que significa uma experiência desnuda. Como pode ele, que havia perdido tudo, que tinha visto como lhe retiravam tudo o que dá sentido à nossa existência humana, que passou fome, frio, brutalidades sem fim, que muitas vezes esteve perto da morte, como aceitou que a vida é digna de ser vivida?! É um autor que merece ser ouvido, pois ninguém mais que ele pode julgar a nossa condição humana de uma forma sábia. As palavras de Frankl elucidam e ajudam a contemplar como o homem possui a capacidade de se transcender, de ultrapassar as suas dificuldades e descobrir a Verdade!
Senhor, fazei de mim um instrumento da vossa paz
Para nos acompanhar no dia de hoje...
segunda-feira, 31 de outubro de 2011
sábado, 22 de outubro de 2011
descoberta...
domingo, 16 de outubro de 2011
Mais importantes que os talentos são os dons
"No início deste dia, ajuda-nos, Senhor, a ver claro que o importante não é o que podemos oferecer aos outros, mas quem podemos ser para os outros. Que não nos ocultemos no cómodo casulo da indiferença ou da mera correcção. Nem nos esgotemos nos corredores desolados das pressões e da pressa. Que este dia traga a oportunidade de partilharmos o dom de nós próprios. Mais importantes que os talentos são os dons, porque por estes é que exprimimos a nossa condição de filhos bem-amados." (in Um Deus que dança, José Tolentino Mendonça)
sexta-feira, 14 de outubro de 2011
Noviciado de lingua portuguesa
O noviciado de Língua Portuguesa foi criado a 08 de Março de 2009, com dois noviços brasileiros: João Paulo e Paulo Henrique. Atualmente, tem cinco noviços. Quatro noviços oriundos de Timor-Leste: Bonifácio e Elvis (2˚ ano), Bentolino e Vitorino (1˚ ano) e o José Inácio oriundo de Portugal. Tem como mestre o Padre José Gonçalves Lisboa e como Vice-mestre Frei Adriano Barbosa Moreira Duarte. Provisoriamente, e por tempo indeterminado, o noviciado da Língua Portuguesa está sendo realizado no Brasil até que haja uma estrutura adequada em Timor-Leste, para receber os noviços, pois, lá futuramente, será a residência fixa do noviciado da Língua Portuguesa.
O dia-a-dia dos noviços é basicamente: meditação, missa-laudes, café da manhã, estudo, apostolado, almoço, descanso, terço - vésperas, jantar, recreio comunitário e recolhimento.
Os principais conteúdos da formação do noviciado:
1. Aulas Internas:
Língua Portuguesa; Teologia dos votos; Apostolado; Estudo Pessoal; Vida Comunitária; Música; Sagrada Escritura; Autoconhecimento; Estudo sobre os Estatutos Gerais; Constituições da Ordem Hospitaleira; História da Ordem; Teologia Moral Fundamental; Mariologia; Cristologia; Eclesiologia; Educação Física; Mistério de Deus. Pastoral de Saúde e Bioética; e cartas de São João de Deus.
2. Aulas externas:
Espiritualidade Integradora; Curso de oração; Teologia Moral Fundamental; Cristologia; Liturgia: como fonte de Espiritualidade; História da Igreja na America Latina; Teologia moral sexual;História da VRC na America Latina; Jesus Histórico.
terça-feira, 11 de outubro de 2011
O dia de um noviço
Com este "post" pretendo ilustrar o dia de um noviço, aquilo que fazemos, a que nos dedicamos. Ainda hoje são muitos os jovens que decidem entregar-se de uma forma mais radical, seguindo os passos de S. João de Deus, mantendo viva a chama da hospitalidade. Assim espero que esta mensagem seja agradável para ti, a ti que buscas damos a conhecer o que somos, vendo como Deus vai passando pela nossa vida.
Mais vale ser completo...
" Jung dizia uma coisa de grande sabedoria: mais vale ser completo do que ser perfeito. Ora isso é também uma grande verdade cristã. O que Tu nos pedes não é a perfeição, mas a confiança. O importante é que nos coloquemos, como somos, nas tuas mãos. As pessoas mais perfeitas que conheço são o contrário do perfeccionismo. Aceitam com humildade e persistência as suas imperfeições, aprenderam a sorrir dos próprios enganos e limites, e precisamente porque procuram viver na fidelidade aos ideais, sabem fugir das idealizações. Ensina-nos, Senhor, o amor por nós mesmos, que passa por essa aceitação que nada tem de conformismo, e tudo deve à esperança." (in Um Deus que dança, José Tolentino Mendonça)
sábado, 8 de outubro de 2011
Início do Noviciado
Hoje, dia 8 de Outubro de 2011, durante a oração de Vésperas, inicei o meu noviciado na Ordem Hospitaleira de S. João de Deus, na Fundação Instituto S. José em Madrid. Para mim significa um grande passo, só possível graças a muita perseverança, amor por quem sofre e desejo de viver a hospitalidade ao jeito de S. João de Deus. O Noviciado é um tempo de silêncio, oração, busca pessoal, entrega completa, de "namoro" com aquele que nos chamou e nos quer por completo. É um período de dois anos, em que o mestre e a comunidade formativa apoiam, educam e guiam o novo irmão. É uma experiência profunda de encontro, quer com a comunidade, com Deus e com o homem que sofre. É neste clima de profunda reflexão e de encontro com Deus que o noviço interioriza a sua identificação com a Ordem. Durante este tempo o noviço recebe também formação, seja por parte da equipa formadora ou do Instituto da Vida Consagrada. Têm também espaço e tempo dedicado aos doentes, com quem passam grande parte do dia, para queno encontro com aquele que sofre cresça na missão da hospitalidade e amor dos mais debilitados. Assim peço a vossa oração, para mim e para todos os noviços da Província Portuguesa e da Ordem no mundo, para que sejamos motivo de alegria e coragem para quem necessita, sempre ao estilo de S. João de Deus, fazendo o bem aos outros.
sexta-feira, 7 de outubro de 2011
Timor...um refúgio na ilha!
Um refúgio na ilha de palmeiras altivas que recortam o céu. Um encontro inesperado com o desconhecido que de repente se dá a conhecer de diversas formas quer se trate das gentes quer da paisagem agreste ou suave que permite uma passagem para a tranquilidade.
O percorrer das estradas ausentes e do alcatrão raro, transforma-se num longo caminho de pedras, de altos e baixos que em vez de sermos invadidos por uma estranha sensação de relaxamento, somos antes mexidos e remexidos, embalados e abanados como «shaker» que se agita para um «short drink» .
Apesar do contratempo do percurso, uma inebriante mistura floral faz antever ao viandante, uma agradável surpresa.
Inundada pelos tons quentes do pôr do sol atravessamos a montanha até Laclubar. Quem lá chega, não importa o local, é recebido em festa e mal assomamos à entrada da aldeia ou à porta de casa, somos logo agraciados com um “Tais” como de pessoas importantes se tratasse.
Contam-se muitas histórias e peripécias. Lendas e superstições juntamente com actos heróicos do povo que se diz "Mauber".
Nunca seremos capazes de agradecer suficientemente à natureza e às pessoas o extraordinário favor que nos fazem em nos acolher, uma e outras.
É impossível ir a Timor-Leste e não se deixar envolver por essas histórias e lendas que fluem naturalmente de quando em vez, nos raros serões da aldeia.
E, certamente, será por isso que ficamos encantados com essa gente simples que ainda hoje, e particularmente hoje, tem um amor incrível por Portugal, que não se consegue perceber ao certo, qual a razão.
Dizem que deverá ser porque nunca ali matamos ao contrário de outros povos e, talvez seja também por isso que eles, como costumam dizer, nem pisam a sombra da bandeira portuguesa.
“ Quando sonhamos sozinhos é só um sonho; mas quando sonhamos juntos é o início de uma realidade.” (D. Hélder Câmara).
É o que está a acontecer com este povo. Unido no sonho de uma vida melhor, de um país desenvolvido e livre.
O prometido é devido... Uma breve crónica em jeito de interpelação vocacional, com ideias em tempo partilhadas, onde os promotores do projecto passaram da retórica, à realidade da Missão dos Irmãos de S. João de Deus, colhendo os frutos da sementeira: quatro noviços timorenses e um quinto a caminho.
Como diz D. Hélder da Câmara, este sonho não poderá ser de um só mas de muitos: Irmãos Colaboradores, Benfeitores, Voluntários, Assistidos que fazem parte da Família de S. João de Deus em Timor-Leste.
Por vezes, parece que nos deixamos ficar para trás, agarrados a ideias, a sonhos que tivemos e que de alguma forma nos impedem de “andar para a frente”, de fazer caminho como S. João de Deus.
Precisamos, particularmente, neste tempo, de escutar o apelo interior que nos interpela a ser generosos e a oferecer a nossa vida aos mais necessitados, levando-lhes esperança e ocasionando-lhes momentos de felicidade...
(Irmão Álvaro Lavarinhas)
quarta-feira, 5 de outubro de 2011
Queria dizer mais...
"Senhor, hoje queria dizer mais. Queria que a minha oração não fosse este rumor de sempre, as mesmas palavras disparadas à pressa, entre uma coisa e outra; ou o balbucio esquivo, cheio de tudo o que eu não disse, porque não encontrei o tempo, o modo ou a verdade. Hoje queria dizer mais. Não trago intenções, nem pedidos. Tenho pensado no que seria pedir-te não apenas que olhes por mim (isso fazes continuamente, mesmo se me esqueço de pedir), mas que olhes para mim. Dia após dia, sinto que, mais do que tudo, preciso do Teu olhar. Talvez me faltem palavras... Queria apenas colocar devagar as minhas mãos dentro das Tuas. E isso ser, Senhor, a minha oração e a minha vida." (in Um Deus que dança, José Tolentino Mendonça)
terça-feira, 4 de outubro de 2011
Dia do idoso na residência S. João de Ávila
No passado dia 1 de Outubro, na Residência S. João de Ávila (ISJD) em Lisboa celebrou-se o Dia do Idoso. 90%dos residentes participaram no lanche-convívio acompanhados pelos seus familiares e amigos. A mim, particularmente, satisfez-me ver a presença das famílias junto dos seus doentes e idosos. Jovens e menos jovens conviveram alegre e fraternalmente num ambiente animado e muito familiar. Para que o convívio fosse ainda mais alegre contou-se com a participação de um grupo de escuteiros do CNE de Carnaxide e de alguns elementos do Coral S. Francisco Xavier que com as suas músicas e cantares, fizeram vibrar os presentes e matar saudades do passado... Para quem não vive estas experiências pode parecer uma "lamechice" este comentário mas, só quem vê de perto o sorriso de satisfação e a alegria de quem é idoso ou está doente, rodeado pela família e pelos amigos pode sentir o que de facto é a felicidade e ser amado. São momentos únicos mas inesquecíveis e a prova são as fotografias que os próprios utentes permitiram e pediram que se publicassem. Fazemos Hospitalidade nesta Casa. E fazer hospitalidade é possibilitar aos hóspedes que participem nas actividades do hospedeiro e é precisamente isso que se pretende de acordo com a filosofia e os valores da Instituição: Hospitalidade, Qualidade, Respeito, Responsabilidade, Espiritualidade. Para Kant a "Hospitalidade é um imperativo Ético". Nada mais gratificante para nós Irmãos de S. João de Deus e Colaboradores do que ver a evolução dos nossos assistidos e a alegria com que partem após a alta, não plenamente restabelecidos, mas com autonomia que lhes permite fazer e ter uma vida com alguma qualidade e independência. Este estilo de vida, esta forma de estar próximo dos outros, particularmente dos que mais necessitam, é pastoral, é promoção vocacional é uma forma que distingue esta Família porque continua a seguir os passos e o estilo do fundador S. João de Deus. Desculpai-me esta referência vocacional mas é a forma de fazer hospitalidade que nos distingue de outros e ao mesmo tempo um convite a outros jovens e menos jovens que queiram pertencer à Família de S. João de Deus. Um agradecimento à Equipa da Pastoral da Saúde e Animação, aos auxiliares e enfermeiros de serviço e às voluntárias da fisioterapia; à Animadora Clara que juntamente com alguns dos utentes elaboraram um simpático postal, personalizado, oferecido no final do convívio aos presentes. A Direcção da RSJD está mais uma vez de parabéns por este evento que congregou a Família de S. João de Deus. (Ir. Álvaro )
Pensamento do dia...
segunda-feira, 3 de outubro de 2011
Ao encontro dos pobres
" Senhor, a temperatura baixou. Quando atravesso a rua para entrar no calor do automóvel, ou sinto a protecção das estações de metro, dos cafés, do interior dos locais de trabalho, penso nos que dormem e vivem ao relento. É verdade que somos todos, de alguma maneira, gente sem-abrigo. Que, em certas horas de solidão ou de sofrimento, trazemos todos a alma enregelada na imensidão ferida do nosso peito. Mas quando a temperatura desce, só me dá para rezar para que o Teu Espírito Santo nos desassossegue, nos desinstale, nos faça caminhar ao encontro dos mais pobres." (in Um Deus que dança, José Tolentino Mendonça).
domingo, 2 de outubro de 2011
Beato Olallo Valdés
Encontro-me a ler a biografia de um homem singular, refiro-me ao Irmão Olallo Valdés. Foi Irmão de S. João de Deus, cubano de nascença e onde permaneceu toda a sua vida, apesar de lutas constantes com o regime. A sua vida é exemplo de coragem e hospitalidade. Nascido por volta do ano de 1820 (não se conhece a data certa uma vez que foi abandonado pelos pais), recebeu a sua formação numa casa para orfãos até aos 13/14 anos, tendo depois seguido a vida religiosa, mais concretamente na Ordem Hospitaleira. Aos 15 anos passa para o hospital de Camaguey onde desempenhou a sua missão hospitaleira durante 54 anos, com uma entrega total, admirada por todos. Este livro coloca-nos perante os seus testemunhos, de forma especial, diante o seu contacto com os doentes, feridos, e a sua acção hopsitaleira junto dos escravos e dos mais pobres, de quem era considerado pai e protector. Defendeu a população de um autêntica carnificina com o soar dos sinos, como aviso, defendendo as pessoas mais débeis, e mesmo assim, enfrentando as autoridades militares. Assistiu os doentes prisionais, sempre seguindo de perto a sua vocação hospitaleira, num momento histórico em que a população de Camaguey sofria uma pobreza extrema! Chamava "irmãos predilectos" aos idosos e demais necessitados, oferecendo-lhes todo o género de ajuda. É definido como um homem justo, santo, modelo de virtude, pai dos pobres, apóstolo da caridade...
Receber cada dia como um dom
" Ajuda-me, Senhor, a receber cada dia como um dom. Ajuda-me a reconhecer que nada me falta, que Tu me dotaste de tudo aquilo que é necessário para fazer da vida uma coisa feliz e com sentido. Mesmo que me falte o universo inteiro, nada verdadeiramente me falta. Mesmo que eu espere muito do amanhã, devo saber que tenho tudo hoje. Ajuda-me a despoluir o olhar agravado por juízos, consumos, ressentimentos. Que eu saiba acolher a vida como oportunidade que ela é." (in Um Deus que dança, José Tolentino Mendonça)
sábado, 1 de outubro de 2011
Caminho da Ordem Hospitaleira
“ Há muitos séculos, depois da morte de S. João de Deus, o “Português de Granada”, Antón Martin foi o continuador desta obra magnifica de fazer o bem aos mais necessitados ao estilo do Fundador. Os médicos de Granada já conheciam a fama de bem fazer dos Hospitaleiros e ajudam-nos nos cuidados aos seus doentes, aconselham-nos e orientam-nos, colaboram nessa grande obra.
-Escutai bem, Irmãos, tudo aquilo que vos digam os médicos sobre os nossos doentes. Não vos esqueçais que eles têm um conhecimento mais profundo que nós próprios sobre as doenças do corpo.
Na jovem Universidade granadina já se leccionavam cursos de Medicina bem como Jurisprudência, Direito Canónico, Teologia e Artes. Mas os seguidores de João de Deus não tinham tempo , nem muitos deles preparação suficiente para serem admitidos nos cursos além de que havia uma proibição expressa emanada da Santa Sé.
Mesmo assim, contrasta notavelmente a evolução das doenças assistidas no hospital de João de Deus com as mesmas tratadas noutros hospitais.
Não havia dúvidas, no hospital de João de Deus, curam-se os doentes.
Está havendo um distanciamento (ruptura) do clássico conceito de hospital como o equivalente a morte solitária, de separação do resto dos homens pelo simples facto de terem um corpo doente. Já não é o albergue onde se depositam os incuráveis para não abalarem o bem estar do mundo que os rodeia, é algo mais; é um lugar onde se aplicam todos os meios, inclusive o amor, para a cura do corpo.
Compreendeu-se então que nem somente a caridade, nem a Medicina exclusivamente têm poder curativo, mas da união das duas pode-se obter eficazes resultados. E deste modo unem a bondade e a compreensão para as misérias humanas com os remédios médicos em uso.”…
sexta-feira, 30 de setembro de 2011
"O dom dos amigos"
"Hoje, Senhor, quero te dar graças pelo dom dos amigos. Sei que por meio deles te tornas presente à minha vida. Reconheço-te, tantas vezes, no seu amor gratuito, na sua presença alegre e incondicional, no modo como tornam firmes os fios que estremecem. Reconheço-te num postal que chega ou num e-mail inesperado. Reconheço-te do outro lado do telefone, a acenar-me na rua, naqueles dois dedos de conversa que nos permitem sermos nós próprios." (in "Um Deus que dança", José Tolentino Mendonça).
Pensamento do dia...
quinta-feira, 29 de setembro de 2011
terça-feira, 27 de setembro de 2011
O dia de um postulante...
Pensamento do dia...
"O Tesouro Escondido"
O título desta mensagem é igualmente o título de um livro que acabo de ler. O autor, José Tolentino Mendonça, sobejamente conhecido por outras obras de igual valor, leva-nos numa descoberta, da fé e de nós, ao encontro do tesouro escondido. Recomendo vivamente que o leias, especialmente se procuras algo. Transcrevo a descrição do mesmo feita pelo autor, deixa-te conduzir ao teu tesouro...
segunda-feira, 26 de setembro de 2011
Vale a pena meditar nisto...
O Postulantado
No seguimento desta nossa descoberta do que é ser irmão de S. João de Deus e depois de termos meditado sobre a primeira fase do reconhecer de uma vocação, apresento-te hoje a continuação do caminho da formação de um candidato a irmão de S. João de Deus. Esta etapa é revestida de um carácter mais formal, mas também mais significativa, para quem a vive e para quem guia o candidato...
Pensamento do dia...
"Tarde te amei, beleza tão antiga e tão nova, tarde te amei! E eis que estavas dentro de mim e eu fora, e aí te procurava, e eu, sem beleza, precipitava-me nessas coisas belas que tu fizeste. Tu estavas comigo e eu não estava contigo. Retinham-me longe de ti, aquelas coisas que não seriam, se em ti não fossem. Chamaste, e clamaste, e rompeste a minha surdez; brilhaste, cintilaste, e afastaste a minha cegueira; exalaste o teu perfume, e eu respirei e suspiro por ti; saboreei-te, e tenho fome e sede; tocaste-me, e inflamei-me no desejo da tua paz" (in Confissões, St. Agostinho,X, XXVII).
domingo, 25 de setembro de 2011
Família hospitaleira em movimento...
Ontem dia 24 de Setembro, no âmbito da Celebração do Ano da Família de S. João de Deus, um grupo de Irmãos , Colaboradores, seus familiares e utentes da Residência S. João de Ávila (anexa à Cúria Provincial) foram visitar Montemor-o-Novo, terra natal de S. Joao de Deus.
Trinta pessoas, a mais "nova" com 98 anos e a mais jovem com 4, chegaram ao hospital S. João de Deus e foram acolhidos pelo Irmão Adelino Manteigas, Director do Estabelecimento Hospitalar que conduziu o grupo pelas ruas de Montemor-o-Novo até à Igreja Matiz com o objectivo de visitarem e rezarem na Cripta, considerada o local onde S. João de Deus nasceu e com seus pais habitou durante cerca de oito anos.
Ali pudemos rezar e pedir as bênçãos e intercessão de S. João de Deus para as necessidades dos "peregrinos" e seus colegas, doentes, irmãos e pelas vocações. O Irmão Adelino ia explicando pormenores da história da Ordem, vida do Santo Fundador e das obras de melhoramento realizadas na Cripta.
Devido ao serviço religioso na Igreja Matriz não nos pudemos demorar-nos no seu interior, mas houve ainda tempo para contemplar o belíssimo exemplar da arte barroca e as iluminuras no tecto bem como as imagens do Patriarca S. João de Deus e S. Rafael, entre outras, e a pia baptismal onde o Santo, ainda na Igreja do Castelo, no ano de 1495 recebeu o baptismo.
Aproveitando a escultura do Santo no largo em frente à Igreja Matriz, aproveitamos para a nossa fotografia de grupo, seguindo de imediato para o histórico Castelo onde apreciamos os trabalhos de escavação, reconstrução e conservação dos edifícios existentes mais recentes e primitivos bem como a belíssima paisagem alentejana com a Senhora da Visitação no alto da sua ermida como que a a abençoar todos os Montemorenses e peregrinos que por ali passam e para Ela dirigem o seu olhar suplicante.
Regressamos ao Hospital e de novo o Irmão Adelino nos acompanhou na visita guiada às instalações: Unidade de Convalescença (UCCI), Unidade de Internamento de cirurgia ortopédica e Serviços de Medicina Física e Reabilitação, Oficinas de próteses e ortóteses e sapataria. Pudemos ainda visitar a Igreja do Hospital e admirar os painéis de azulejos retratando episódios da vida de S. João de Deus.
Terminamos a visita com o almoço e regressamos a Lisboa porque alguns colaboradores tinham trabalho à espera.
Foi uma visita simpática que a todos agradou esperando nova edição para aqueles que desta vez não tiveram oportunidade de a fazer.
Um agradecimento à Direcção da Residência SJA e à Equipa da Pastoral da Saúde e Animação e Voluntariado pela organização e disponibilidade.
Pensamento do dia...
Campo de férias
O título desta mensagem é convidativo, relacionamos sempre as férias com tempo de descanso, lazer, ócio, noitadas (com os devidos desenvolvimentos...)... Mas não é de ócio e de lazer que te venho falar hoje, mas de algo diferente! Quantas vezes não sentiste que as tuas férias é um prolongar de um tempo sem fazer algo de útil? De dias passados em frente do computador, em actualizações permanentes do facebook, às quais todos comentam e que com o tempo até se tornam aborrecidas? Pois é, penso que todos nós passamos por isto...
"Foi mais um “Telhal”, mais uma actividade da JH, mais nove dias de continuação da obra de S. João de Deus. Começamos a actividade com um jantar no qual foi mediatamente visível que este se iria tornar um grupo unido e dedicado, o que veio a verificar-se. Neste campo utentes transformaram-se em amigos, monitores em companheiros e amigos que se recorda para a vida. Orações, partilhas, risos e brincadeiras foram o suficiente para em poucos dias criar uma grande família hospitaleira. Uma das actividades deste campo foi uma palestra sobre a história da Casa de Saúde do Telhal, uma casa com muita história, vida e passagens. Com 118 anos continua a ser uma casa com um espírito alegre e muito jovem. Uma outra história que conhecemos foi a de S. João de Deus, um homem como uma obra, que todos tentamos, à nossa maneira, continuar e enriquecer. Continuando com o tema histórias, temos a dos doentes, pessoas que foram elas mesmas e respeitadas e que aqui dia-a-dia tentam voltar ao que eram. Com eles me diverti, matei toda a saudade e vivi momentos que vou, durante toda a minha vida, recordar. A parte mais difícil é o fim. O dia da despedida que tanto magoa. Mas com todo o fim vem um novo princípio. Até breve …" (Gustavo)
sábado, 24 de setembro de 2011
Mostrai-me Senhor os vossos caminhos...
Agora que já sabes, embora de uma forma ainda incipiente, o que significa ser irmão de S. João de Deus, gostaria de te falar do caminho de uma vocação, de uma descoberta, a qual um candidato faz e que o ajuda a discernir melhor o chamamento de Deus a esta forma de vida (ser irmão de S. João de Deus).
A Juventude Hospitaleira esteve nas Jornadas Mundias da Juventude 2011
Foi, de facto, um acontecimento que marcou a vida de muitos jovens (e não só...), refiro-me, como é óbvio, às Jornadas Mundiais da Juventude (JMJ), que este ano tiveram lugar em Madrid de 16 a 21 de Agosto. Embora a Ordem Hospitaleira de S. João de Deus, em conjunto com as Irmãs Hospitaleiras do Sagrado Coração de Jesus, prepararam um encontro que antecedeu as JMJ, que iniciou a 12 de Agosto tendo culminado com as JMJ. Este encontro internacional de jovens hospitaleiros teve como tema a seguinte frase: “Com Cristo, junto a quem sofre”, e contou com a participação de jovens ( e alguns menos jovens), irmãos e irmãs, de vários países de todos os continentes. Realçamos a presença da Juventude Hospitaleira, pois com cerca de 50 jovens participantes revelou-se o grupo com maior número de elementos (e mais jovem...).
Este encontro foi o culminar de uma série de reuniões de preparação, noites quase sem descansar, encontros que se dividiram entre Portugal e Espanha (já que a equipa organizadora provinha dos dois países), mas o resultado foi um encontro que tocou de forma especial quem nele teve participação. Com a chegada dos vários participantes ao Albergue de S. João de Deus, em Madrid, na que seria a nossa casa mãe durante esses dias, foi-se começando a sentir o ambiente internacional e hospitaleiro que reinou durante o resto dos dias. O encontro internacional de jovens hospitaleiros, tinha uma lema próprio para cada um dos dias, sempre relacionado com a hospitalidade e o encontro do olhar do cuidador com o do sofredor. Foram reflexões, workshops, vigílias, orações, passeios, festas que ajudaram a centrar-nos no essencial, “a reconhecer que fazemos parte da árvore da hospitalidade, que somos raiz dessa árvore” (reflexão do Irmão Superior Geral da Ordem, que esteve junto com os jovens numa dessas reflexões), que junto com Cristo e com aqueles mais desfavorecidos no centro da nossa vida levamos a bom porto a missão da hospitalidade, segundo o carisma deixado pelo nosso fundador S. João de Deus. Foram momentos de encontro, connosco próprios e com Deus, centrando a nossa atenção naquele que sofre, como face e presença de Cristo.
De 16 a 21 de Agosto os participantes no encontro internacional de jovens hospitaleiros juntaram-se aos cerca de 2 milhões de jovens, vindos de todos os cantos do mundo, que tomaram parte nas Jornadas Mundiais da Juventude. As ruas de Madrid encheram-se de um colorido alegre, de um grito que ganhava força dia a dia. Foram várias as actividades em que participamos, de realçar a missa de abertura na Praça Cibeles, a Via Sacra, as diferentes catequeses por idiomas, a vigília nocturna e no final a Eucaristia de envio em Cuatro Vientos. As jornadas tinham como lema uma passagem da carta de S. Paulo – “Enraizados e Edificados em Cristo, Firmes na Fé” , e assim foi, os jovens mostraram que esse lema não ficou perdido algures nas primeiras comunidades cristãs, mas gritaram de pulmões cheios que estamos “Firmes na Fé”, que fomos chamados a uma missão e procuramos responder. A presença de Bento XVI junto dos jovens deu outro alento à nossa caminhada, a sua presença foi motivação e alegria para nós. No seu discurso dizia Bento XVI – “Que nada, nem ninguém, vos tire a paz”, de facto, tantas são as possibilidades, os caminhos, que nos levam para longe de Cristo, numa sociedade marcadamente individualista, o sumo pontífice, exortou-nos a optar por caminhos diferentes, por valores que nos aproximem da mensagem do Evangelho. Durante a eucaristia de envio no domingo, 21 de Agosto, foi anunciado oficialmente o lugar da próxima jornada mundial, será no Rio de Janeiro em 2013, por terras da nossa província... até lá fomos enviados, enviados a exercer a hospitalidade, a ser parte dela, raiz de uma árvore que se quer forte e viva!