A romã tem um significado especial para a Ordem Hospitaleira. É o símbolo de identificação desta, representa também a missão atribuída por Cristo a S. João de Deus. Está também associada à unidade, à família. Os seus grãos sendo diferentes entre si, representam os vários membros da família hospitaleira, que embora diferentes trabalham na e pela mesma missão.

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Hospitalidade e desprendimento


Hoje numa conversa sobre o valor da hospitalidade mencionávamos a capacidade de desprendimento como condição que permite exercer a hospitalidade com mais eficácia! Procurando no dicionário o significado desse termo, desprendimento entenda-se, deparámo-nos com diversos significados, tais como: "Ato ou efeito de desprender. Desapego a coisas materiais e preocupações egoísticas; abnegação, altruísmo. " Ao ler esta definição tendemos a concluir que, de fato, hospitalidade e desprendimento não podem estar senão de mãos dadas... A pessoa não encontrará realização se se fixa em si mesma, ou seja, se prescindir do seu ser "com" e "para" os demais. Entrando mais a fundo na questão transcrevo um artigo das Constituições da Ordem Hospitalária, as quais regem e orientam a vida dos irmãos. " Passo a citar: " Mediante a profissão da pobreza desprendemo-nos dos bens terrenos a fim de ficarmos mais disponíveis para seguir Jesus que, sendo rico, se fez pobre por nós. Ele, mediante a sua encarnação, tornou-se solidário connosco, experimentando a nossa fraqueza e as nossas privações. Ensinou-nos assim o caminho da verdadeira liberdade. Tal como Jesus, dedicamo-nos a anunciar o Reino aos pobres; amparados pela nossa pobreza, podemos entrar em comunhão com os fracos e compreender existencialmente a sua situação; trabalhamos pela sua promoção, empenhamo-nos evangelicamente contra todas as forças de injustiça e manipulação humana; colaboramos no dever de despertar as consciências perante o drama da miséria." (Const. OH 2)
O carisma da hospitalidade é, hoje mais que nunca, atual. Basta pensar nas incontáveis situações de injustiça e manipulação humana que atualmente imperam na nossa sociedade. Mais que nunca, aqui está o campo de acção dos seguidores de S. João de Deus, tal como ele, podemos hoje aspirar a ser semente de mudança e raíz de uma árvore melhor... Basta crer (e querer)!

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

João "O Louco"


Assim o chamaram mais tarde. Não possuía um passado no qual encontrasse identificação, carecia do apoio familiar que lhe proporcionasse protecção. Madurou em sufrimento, como soldado, vendedor de livros e ilusões, compartindo a miséria dos últimos deste mundo. Chegou a Granada e ali se instalou (cerca de 1538). Deu tudo, tornando-se, ele próprio, mais pobre, pobre louco entre os loucos. Identificaram-no como louco aqueles que assistiram à sua conversão. Como louco viveu no hospital fundado pelos reis na cidade que o veria renascer. Aprendeu compartindo o sofrimento, fez-se seguidor de Deus, bom cristão, entre os pobres loucos... Muitos de nós, hoje em dia, seguimos sendo loucos como ele, enquanto no mundo existir necessidade e fragilidade, haverá lugar para os loucos da romã... (Continua)

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Find@no hospitaleiro 2011 - Telhal



Fim de ano Hospitaleiro 2011/2012 – Casa de saúde do Telhal




Passagem de ano…. Muita gente se desloca de um lado para o outro para passar o fim de ano com família ou com amigos. Este ano eu também me desloquei para passar o meu fim de ano num local diferente, onde não há grandes banquetes nem são precisas muitas coisas para que esta data seja assinalada e de forma marcante.
Este ano a minha passagem de ano foi na casa de saúde do Telhal com mais 23 jovens, que como eu, também quiseram que os últimos dias do ano 2011 e o primeiro dia do ano 2012 fossem na companhia dos que estão doentes, que são marginalizados.
Apenas foi necessário a a nossa presença alegre e disponível na entrega aquelas pessoas que vivem lá, para que elas tivessem uma passagem de ano com um pouco mais de alegria e sentissem que não estão abandonadas.
Não foram os utentes que mais receberam mas, eu pois poder fazer alguém feliz apenas com a minha presença e com a minha alegria não há palavras que o descrevam.
Somos felizes, quando fazemos os outros felizes. Somos amados, quando amamos. Se queremos ser felizes e amados atrevamo-nos a amar todos sem acepção de pessoas e aí descobriremos o que realmente vale a pena.
Deixo um pensamento que pode ser como que um resumo do que foi a actividade de fim de ano: “Amar alguém é ser o único a ver um milagre invisível para outros.” (Mauriac)

A todos um 2012 cheio de Hospitalidade

Fábio Freches