segunda-feira, 3 de outubro de 2011
Ao encontro dos pobres
" Senhor, a temperatura baixou. Quando atravesso a rua para entrar no calor do automóvel, ou sinto a protecção das estações de metro, dos cafés, do interior dos locais de trabalho, penso nos que dormem e vivem ao relento. É verdade que somos todos, de alguma maneira, gente sem-abrigo. Que, em certas horas de solidão ou de sofrimento, trazemos todos a alma enregelada na imensidão ferida do nosso peito. Mas quando a temperatura desce, só me dá para rezar para que o Teu Espírito Santo nos desassossegue, nos desinstale, nos faça caminhar ao encontro dos mais pobres." (in Um Deus que dança, José Tolentino Mendonça).
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