'Senhor, de todas as perguntas com que Tu me deixas, há uma que cresce dentro de mim: " que fazes do teu tempo?". Sabes, perco-me nas tarefas, nas voltas a dar, nesta e naquela responsabilidade, num imprevisto... e no meio disso tudo, confesso, o tempo da minha vida assemelha-se mais a uma fuga que a uma sementeira. Hoje queria pedir-te que me desses a sabedoria de viver e repartir o meu tempo. Ajuda-me a realizar o meu trabalho e o meu lazer, o meu esforço e a minha pausa como tempos de dávida e de encontro. Como tempos que não sejam apenas tempo, mas circulação de vida, de entusiasmo, de criação e de afecto.'
(in Um Deus que dança, José Tolentino Mendonça)
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