A romã tem um significado especial para a Ordem Hospitaleira. É o símbolo de identificação desta, representa também a missão atribuída por Cristo a S. João de Deus. Está também associada à unidade, à família. Os seus grãos sendo diferentes entre si, representam os vários membros da família hospitaleira, que embora diferentes trabalham na e pela mesma missão.

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

VOCAÇÃO

Abertura ao transcendente...
Escutar Deus que chama...
Discernir e responder...

Porquê eu?
Porquê agora?
De que forma, como, onde e quando posso ir respondendo ao chamamento de Deus...

sábado, 22 de outubro de 2011

descoberta...



Muitos jovens continuam à procura de sentido para as suas vidas! Vale a pena caminhar com eles nessa descoberta!

domingo, 16 de outubro de 2011

Mais importantes que os talentos são os dons


"No início deste dia, ajuda-nos, Senhor, a ver claro que o importante não é o que podemos oferecer aos outros, mas quem podemos ser para os outros. Que não nos ocultemos no cómodo casulo da indiferença ou da mera correcção. Nem nos esgotemos nos corredores desolados das pressões e da pressa. Que este dia traga a oportunidade de partilharmos o dom de nós próprios. Mais importantes que os talentos são os dons, porque por estes é que exprimimos a nossa condição de filhos bem-amados." (in Um Deus que dança, José Tolentino Mendonça)

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Noviciado de lingua portuguesa









Noviciado de língua portuguesa:

O noviciado de Língua Portuguesa foi criado a 08 de Março de 2009, com dois noviços brasileiros: João Paulo e Paulo Henrique. Atualmente, tem cinco noviços. Quatro noviços oriundos de Timor-Leste: Bonifácio e Elvis (2˚ ano), Bentolino e Vitorino (1˚ ano) e o José Inácio oriundo de Portugal. Tem como mestre o Padre José Gonçalves Lisboa e como Vice-mestre Frei Adriano Barbosa Moreira Duarte. Provisoriamente, e por tempo indeterminado, o noviciado da Língua Portuguesa está sendo realizado no Brasil até que haja uma estrutura adequada em Timor-Leste, para receber os noviços, pois, lá futuramente, será a residência fixa do noviciado da Língua Portuguesa.
O dia-a-dia dos noviços é basicamente: meditação, missa-laudes, café da manhã, estudo, apostolado, almoço, descanso, terço - vésperas, jantar, recreio comunitário e recolhimento.
Os principais conteúdos da formação do noviciado:
1. Aulas Internas:
Língua Portuguesa; Teologia dos votos; Apostolado; Estudo Pessoal; Vida Comunitária; Música; Sagrada Escritura; Autoconhecimento; Estudo sobre os Estatutos Gerais; Constituições da Ordem Hospitaleira; História da Ordem; Teologia Moral Fundamental; Mariologia; Cristologia; Eclesiologia; Educação Física; Mistério de Deus. Pastoral de Saúde e Bioética; e cartas de São João de Deus.

2. Aulas externas:
Espiritualidade Integradora; Curso de oração; Teologia Moral Fundamental; Cristologia; Liturgia: como fonte de Espiritualidade; História da Igreja na America Latina; Teologia moral sexual;História da VRC na America Latina; Jesus Histórico.








terça-feira, 11 de outubro de 2011

O dia de um noviço


Com este "post" pretendo ilustrar o dia de um noviço, aquilo que fazemos, a que nos dedicamos. Ainda hoje são muitos os jovens que decidem entregar-se de uma forma mais radical, seguindo os passos de S. João de Deus, mantendo viva a chama da hospitalidade. Assim espero que esta mensagem seja agradável para ti, a ti que buscas damos a conhecer o que somos, vendo como Deus vai passando pela nossa vida.
O dia típico de um noviço aqui na Fundação S. José em Madrid começa às 6 da manhã, altura em que despertamos, logo seguido, às 6.30 por trinta minutos dedicados à meditação pessoal. Pouco a pouco a comunidade vai-se reunindo na capela, esta é uma comunidade formativa e como tal todos participam nos diversos actos comunitários. Este tempo de meditação pode parecer estranho, à primeira vista, mas com o tempo parece que ganha um sabor especial, aqui o centro da nossa experiência é descobrir Deus no silêncio da oração, da meditação, um encontro pessoal com Aquele que sabemos que nos ama... Às 7 da manhã rezamos Laudes e Eucaristia, nesta participam também as Irmãs que se dedicam à pastoral no nosso hospital e que se juntam a nós para celebrar. Já fortalecidos com o alimento espiritual recuperamos forças com o pequeno almoço em comunidade fraterna ( de momento somos 6 postulantes, 2 irmãos noviços e 5 irmãos da comunidade formativa, por isso, o ambiente à mesa é sempre de descontracção e partilha. De seguida começamos a sair, todos destinados ao nosso trabalho apostólico... Neste momento estou a exercer o meu apostolado na unidade de S. Nicolas, uma unidade de Neurologia, com casos de epilepsia (a maioria com condições de fármaco-resistentes), residentes e com deficiências físicas e psíquicas. É uma unidade à qual estou a sentir-me bastante ligado, com pessoas fantásticas (colaboradores e pacientes), onde a maior parte dos nossos doentes precisam de atenção e carinho. São várias as tarefas que assumo ali, desde ajudar na higiene dos pacientes, na distribuição dos fármacos, assistir na alimentação, etc, tarefas onde nós assumimos a face visível da hospitalidade. Aos poucos vamos criando laços e aprendendo a cuidar de quem tão pouco pede de nós!Apesar de estar nesta unidade agora, de vez em quando mudamos para outra unidade, para nos inteirarmos das diversas facetas da hospitalidade. O tempo em que estamos com os pacientes passa a voar, e por vezes até custa ter de os deixar... Por volta das onze temos de deixar a unidade para nos dirigir ao noviciado onde temos aulas dedicadas a temas da Ordem, como constituições, estatutos, história da Ordem, figuras marcantes da OH, etc. Este tempo é seguido de um espaço pessoal onde temos oportunidade de meditar, fazer desporto, ler, etc.
Às 14h reunimo-nos para rezar a Hora Intermédia, uma vez mais a comunidade se junta em torno do altar para um momento dedicado a Ele, após o qual almoçamos. O almoço não se pode alongar, pois os noviços logo partem para as aulas no Instituto Teológico de Vida Religiosa, no centro de Madrid. Ali temos formação em diversos temas, tais como Psicologia, Carisma do Fundador, Processo Vocacional, Viver em comunidade, Liturgia, Biblia, etc... Estas aulas ocorrem de Segunda a Quarta-feira e ocupam toda a tarde. Pelas 20h reunimo-nos na capela junto com toda a comunidade para 30 min de meditação pessoal, seguida das Vésperas. O jantar comunitário é sempre um momento fraterno, onde nos deliciamos com conversas, com a animação especial dos irmãos mais velhos e que sempre nos fascinam com a sua boa disposição. Segue-se um tempo para vermos televisão, ler o jornal diário e tempo para descansar.
O dia no noviciado é bastante preenchido mas sempre rico de momentos em que partilhamos com Ele o silêncio e a oração. É um tempo de "namoro" com Deus e, para isso, todas as condições nos são proporcionadas!!!
Dentro de alguns dias espero poder deliciar-vos com um testemunho do Noviciado Interprovincial de S. Paulo no Brasil, onde se vive um ambiente internacional e, com toda a certeza, bastante interessante!
E tu já pensaste em fazer parte desta família?
Fala Senhor! Eu quero escutar a Tua Palavra, para descobrir o caminho a seguir!

Mais vale ser completo...


" Jung dizia uma coisa de grande sabedoria: mais vale ser completo do que ser perfeito. Ora isso é também uma grande verdade cristã. O que Tu nos pedes não é a perfeição, mas a confiança. O importante é que nos coloquemos, como somos, nas tuas mãos. As pessoas mais perfeitas que conheço são o contrário do perfeccionismo. Aceitam com humildade e persistência as suas imperfeições, aprenderam a sorrir dos próprios enganos e limites, e precisamente porque procuram viver na fidelidade aos ideais, sabem fugir das idealizações. Ensina-nos, Senhor, o amor por nós mesmos, que passa por essa aceitação que nada tem de conformismo, e tudo deve à esperança." (in Um Deus que dança, José Tolentino Mendonça)

sábado, 8 de outubro de 2011

Início do Noviciado




Hoje, dia 8 de Outubro de 2011, durante a oração de Vésperas, inicei o meu noviciado na Ordem Hospitaleira de S. João de Deus, na Fundação Instituto S. José em Madrid. Para mim significa um grande passo, só possível graças a muita perseverança, amor por quem sofre e desejo de viver a hospitalidade ao jeito de S. João de Deus. O Noviciado é um tempo de silêncio, oração, busca pessoal, entrega completa, de "namoro" com aquele que nos chamou e nos quer por completo. É um período de dois anos, em que o mestre e a comunidade formativa apoiam, educam e guiam o novo irmão. É uma experiência profunda de encontro, quer com a comunidade, com Deus e com o homem que sofre. É neste clima de profunda reflexão e de encontro com Deus que o noviço interioriza a sua identificação com a Ordem. Durante este tempo o noviço recebe também formação, seja por parte da equipa formadora ou do Instituto da Vida Consagrada. Têm também espaço e tempo dedicado aos doentes, com quem passam grande parte do dia, para queno encontro com aquele que sofre cresça na missão da hospitalidade e amor dos mais debilitados. Assim peço a vossa oração, para mim e para todos os noviços da Província Portuguesa e da Ordem no mundo, para que sejamos motivo de alegria e coragem para quem necessita, sempre ao estilo de S. João de Deus, fazendo o bem aos outros.
Deixo-vos algumas fotos do momento que vivi esta noite quando inicei o Noviciado.
Bem Hajam! (Irmão Noviço Joel Carvalho)

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Timor...um refúgio na ilha!




Um refúgio na ilha de palmeiras altivas que recortam o céu. Um encontro inesperado com o desconhecido que de repente se dá a conhecer de diversas formas quer se trate das gentes quer da paisagem agreste ou suave que permite uma passagem para a tranquilidade.

O percorrer das estradas ausentes e do alcatrão raro, transforma-se num longo caminho de pedras, de altos e baixos que em vez de sermos invadidos por uma estranha sensação de relaxamento, somos antes mexidos e remexidos, embalados e abanados como «shaker» que se agita para um «short drink» .

Apesar do contratempo do percurso, uma inebriante mistura floral faz antever ao viandante, uma agradável surpresa.

Inundada pelos tons quentes do pôr do sol atravessamos a montanha até Laclubar. Quem lá chega, não importa o local, é recebido em festa e mal assomamos à entrada da aldeia ou à porta de casa, somos logo agraciados com um “Tais” como de pessoas importantes se tratasse.

Contam-se muitas histórias e peripécias. Lendas e superstições juntamente com actos heróicos do povo que se diz "Mauber".

Nunca seremos capazes de agradecer suficientemente à natureza e às pessoas o extraordinário favor que nos fazem em nos acolher, uma e outras.

É impossível ir a Timor-Leste e não se deixar envolver por essas histórias e lendas que fluem naturalmente de quando em vez, nos raros serões da aldeia.

E, certamente, será por isso que ficamos encantados com essa gente simples que ainda hoje, e particularmente hoje, tem um amor incrível por Portugal, que não se consegue perceber ao certo, qual a razão.

Dizem que deverá ser porque nunca ali matamos ao contrário de outros povos e, talvez seja também por isso que eles, como costumam dizer, nem pisam a sombra da bandeira portuguesa.

Quando sonhamos sozinhos é só um sonho; mas quando sonhamos juntos é o início de uma realidade.” (D. Hélder Câmara).

É o que está a acontecer com este povo. Unido no sonho de uma vida melhor, de um país desenvolvido e livre.

O prometido é devido... Uma breve crónica em jeito de interpelação vocacional, com ideias em tempo partilhadas, onde os promotores do projecto passaram da retórica, à realidade da Missão dos Irmãos de S. João de Deus, colhendo os frutos da sementeira: quatro noviços timorenses e um quinto a caminho.

Como diz D. Hélder da Câmara, este sonho não poderá ser de um só mas de muitos: Irmãos Colaboradores, Benfeitores, Voluntários, Assistidos que fazem parte da Família de S. João de Deus em Timor-Leste.

Por vezes, parece que nos deixamos ficar para trás, agarrados a ideias, a sonhos que tivemos e que de alguma forma nos impedem de “andar para a frente”, de fazer caminho como S. João de Deus.

Precisamos, particularmente, neste tempo, de escutar o apelo interior que nos interpela a ser generosos e a oferecer a nossa vida aos mais necessitados, levando-lhes esperança e ocasionando-lhes momentos de felicidade...

(Irmão Álvaro Lavarinhas)

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Queria dizer mais...


"Senhor, hoje queria dizer mais. Queria que a minha oração não fosse este rumor de sempre, as mesmas palavras disparadas à pressa, entre uma coisa e outra; ou o balbucio esquivo, cheio de tudo o que eu não disse, porque não encontrei o tempo, o modo ou a verdade. Hoje queria dizer mais. Não trago intenções, nem pedidos. Tenho pensado no que seria pedir-te não apenas que olhes por mim (isso fazes continuamente, mesmo se me esqueço de pedir), mas que olhes para mim. Dia após dia, sinto que, mais do que tudo, preciso do Teu olhar. Talvez me faltem palavras... Queria apenas colocar devagar as minhas mãos dentro das Tuas. E isso ser, Senhor, a minha oração e a minha vida." (in Um Deus que dança, José Tolentino Mendonça)

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Dia do idoso na residência S. João de Ávila




No passado dia 1 de Outubro, na Residência S. João de Ávila (ISJD) em Lisboa celebrou-se o Dia do Idoso. 90%dos residentes participaram no lanche-convívio acompanhados pelos seus familiares e amigos. A mim, particularmente, satisfez-me ver a presença das famílias junto dos seus doentes e idosos. Jovens e menos jovens conviveram alegre e fraternalmente num ambiente animado e muito familiar. Para que o convívio fosse ainda mais alegre contou-se com a participação de um grupo de escuteiros do CNE de Carnaxide e de alguns elementos do Coral S. Francisco Xavier que com as suas músicas e cantares, fizeram vibrar os presentes e matar saudades do passado... Para quem não vive estas experiências pode parecer uma "lamechice" este comentário mas, só quem vê de perto o sorriso de satisfação e a alegria de quem é idoso ou está doente, rodeado pela família e pelos amigos pode sentir o que de facto é a felicidade e ser amado. São momentos únicos mas inesquecíveis e a prova são as fotografias que os próprios utentes permitiram e pediram que se publicassem. Fazemos Hospitalidade nesta Casa. E fazer hospitalidade é possibilitar aos hóspedes que participem nas actividades do hospedeiro e é precisamente isso que se pretende de acordo com a filosofia e os valores da Instituição: Hospitalidade, Qualidade, Respeito, Responsabilidade, Espiritualidade. Para Kant a "Hospitalidade é um imperativo Ético". Nada mais gratificante para nós Irmãos de S. João de Deus e Colaboradores do que ver a evolução dos nossos assistidos e a alegria com que partem após a alta, não plenamente restabelecidos, mas com autonomia que lhes permite fazer e ter uma vida com alguma qualidade e independência. Este estilo de vida, esta forma de estar próximo dos outros, particularmente dos que mais necessitam, é pastoral, é promoção vocacional é uma forma que distingue esta Família porque continua a seguir os passos e o estilo do fundador S. João de Deus. Desculpai-me esta referência vocacional mas é a forma de fazer hospitalidade que nos distingue de outros e ao mesmo tempo um convite a outros jovens e menos jovens que queiram pertencer à Família de S. João de Deus. Um agradecimento à Equipa da Pastoral da Saúde e Animação, aos auxiliares e enfermeiros de serviço e às voluntárias da fisioterapia; à Animadora Clara que juntamente com alguns dos utentes elaboraram um simpático postal, personalizado, oferecido no final do convívio aos presentes. A Direcção da RSJD está mais uma vez de parabéns por este evento que congregou a Família de S. João de Deus. (Ir. Álvaro )

Pensamento do dia...


" Para recuperar a razão e para combater as doenças do corpo e do espírito torna-se necessário rodear os enfermos de apoio, de conforto e de profundo calor humano." (S. João de Deus)

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Ao encontro dos pobres


" Senhor, a temperatura baixou. Quando atravesso a rua para entrar no calor do automóvel, ou sinto a protecção das estações de metro, dos cafés, do interior dos locais de trabalho, penso nos que dormem e vivem ao relento. É verdade que somos todos, de alguma maneira, gente sem-abrigo. Que, em certas horas de solidão ou de sofrimento, trazemos todos a alma enregelada na imensidão ferida do nosso peito. Mas quando a temperatura desce, só me dá para rezar para que o Teu Espírito Santo nos desassossegue, nos desinstale, nos faça caminhar ao encontro dos mais pobres." (in Um Deus que dança, José Tolentino Mendonça).

domingo, 2 de outubro de 2011

Beato Olallo Valdés


Encontro-me a ler a biografia de um homem singular, refiro-me ao Irmão Olallo Valdés. Foi Irmão de S. João de Deus, cubano de nascença e onde permaneceu toda a sua vida, apesar de lutas constantes com o regime. A sua vida é exemplo de coragem e hospitalidade. Nascido por volta do ano de 1820 (não se conhece a data certa uma vez que foi abandonado pelos pais), recebeu a sua formação numa casa para orfãos até aos 13/14 anos, tendo depois seguido a vida religiosa, mais concretamente na Ordem Hospitaleira. Aos 15 anos passa para o hospital de Camaguey onde desempenhou a sua missão hospitaleira durante 54 anos, com uma entrega total, admirada por todos. Este livro coloca-nos perante os seus testemunhos, de forma especial, diante o seu contacto com os doentes, feridos, e a sua acção hopsitaleira junto dos escravos e dos mais pobres, de quem era considerado pai e protector. Defendeu a população de um autêntica carnificina com o soar dos sinos, como aviso, defendendo as pessoas mais débeis, e mesmo assim, enfrentando as autoridades militares. Assistiu os doentes prisionais, sempre seguindo de perto a sua vocação hospitaleira, num momento histórico em que a população de Camaguey sofria uma pobreza extrema! Chamava "irmãos predilectos" aos idosos e demais necessitados, oferecendo-lhes todo o género de ajuda. É definido como um homem justo, santo, modelo de virtude, pai dos pobres, apóstolo da caridade...
Foi até ao último momento da sua vida defensor daqueles que se encontravam com mais necessidades e como tal, é para nós modelo de hospitalidade. Hoje amado de forma especial pelo povo cubano (foi a primeira beatificação em solo cubano), não pode deixar de ser para nós força e motivação no caminho da hospitalidade!

Receber cada dia como um dom


" Ajuda-me, Senhor, a receber cada dia como um dom. Ajuda-me a reconhecer que nada me falta, que Tu me dotaste de tudo aquilo que é necessário para fazer da vida uma coisa feliz e com sentido. Mesmo que me falte o universo inteiro, nada verdadeiramente me falta. Mesmo que eu espere muito do amanhã, devo saber que tenho tudo hoje. Ajuda-me a despoluir o olhar agravado por juízos, consumos, ressentimentos. Que eu saiba acolher a vida como oportunidade que ela é." (in Um Deus que dança, José Tolentino Mendonça)

sábado, 1 de outubro de 2011

Caminho da Ordem Hospitaleira


“ Há muitos séculos, depois da morte de S. João de Deus, o “Português de Granada”, Antón Martin foi o continuador desta obra magnifica de fazer o bem aos mais necessitados ao estilo do Fundador. Os médicos de Granada já conheciam a fama de bem fazer dos Hospitaleiros e ajudam-nos nos cuidados aos seus doentes, aconselham-nos e orientam-nos, colaboram nessa grande obra.

-Escutai bem, Irmãos, tudo aquilo que vos digam os médicos sobre os nossos doentes. Não vos esqueçais que eles têm um conhecimento mais profundo que nós próprios sobre as doenças do corpo.

Na jovem Universidade granadina já se leccionavam cursos de Medicina bem como Jurisprudência, Direito Canónico, Teologia e Artes. Mas os seguidores de João de Deus não tinham tempo , nem muitos deles preparação suficiente para serem admitidos nos cursos além de que havia uma proibição expressa emanada da Santa Sé.

Mesmo assim, contrasta notavelmente a evolução das doenças assistidas no hospital de João de Deus com as mesmas tratadas noutros hospitais.

Não havia dúvidas, no hospital de João de Deus, curam-se os doentes.

Está havendo um distanciamento (ruptura) do clássico conceito de hospital como o equivalente a morte solitária, de separação do resto dos homens pelo simples facto de terem um corpo doente. Já não é o albergue onde se depositam os incuráveis para não abalarem o bem estar do mundo que os rodeia, é algo mais; é um lugar onde se aplicam todos os meios, inclusive o amor, para a cura do corpo.

Compreendeu-se então que nem somente a caridade, nem a Medicina exclusivamente têm poder curativo, mas da união das duas pode-se obter eficazes resultados. E deste modo unem a bondade e a compreensão para as misérias humanas com os remédios médicos em uso.”…